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Museu Histórico Abílio Barreto

No bairro Cidade Jardim, região Sul de Belo Horizonte, um casarão secular preserva e simboliza, como nenhum outro prédio, a história da capital mineira. A sede da antiga Fazenda do Leitão, uma casa de dois pavimentos, construída em 1883 quando existia apenas o Curral Del Rei e a disposição de novos republicanos em criar uma nova capital para o Estado, recebe visitantes do Museu Histórico Abílio Barreto. Junto ao casarão, um bonde elétrico e uma locomotiva a vapor completam o simbolismo do lugar dedicado à educação e ao lazer. Documentos dos mais de cem anos de Belo Horizonte estão na instituição, que cumpre o papel de guardar parte significativa da memória da cidade. Inaugurado em 1943, o MHAB recolhe e preserva itens que contribuem para a compreensão da dinâmica sócio-histórica da cidade, sua finalidade é tornar público o acesso aos bens culturais preservados, fomentando a participação dos cidadãos na construção da memória e do conhecimento sobre a cidade. Revelador das mutações da vila transformada em metrópole em pouco mais de cem anos, o casarão secular convive com o moderno edifício-sede, inaugurado em dezembro de 1998, primeiro local originalmente concebido e edificado para abrigar um museu na capital. Na área externa, estão os abrigos para o bonde elétrico e a locomotiva a vapor, o palco ao ar livre e os jardins. Além do próprio casarão oitocentista, o conjunto histórico compõe-se de numerosa pinacoteca (coleção de quadros de pintura), esculturas, objetos decorativos, fragmentos construtivos originários de prédios públicos e privados demolidos, mobiliário, vestuário, utensílios domésticos e de uso pessoal, objetos de iluminação e de transporte, equipamentos e instrumentos de trabalho. Enfim, um rico conjunto, que permite investigar e interpretar a história da cidade. Informações sobre suporte-papel: textos manuscritos e impressos, mapas, plantas e projetos arquitetônicos. Destacam-se a Coleção Comissão Construtora da Nova Capital, o Arquivo Privado de Abílio Barreto e o Arquivo Administrativo da Instituição. Formado por cerca de 28.000 documentos. Negativos em acetato e vidro, cópias em papel e material digital suportam imagens fotográficas, datáveis de 1894 até anos recentes. Esse acervo registra o desenvolvimento urbano e testemunha eventos, costumes e tradições de Belo Horizonte. Engloba em torno de 20.100 itens. Composto por livros, periódicos, catálogos, fitas de vídeo, dissertações e recortes de jornais, tendo a história de Belo Horizonte como principal temática entre outros temas ligados à história de Minas Gerais e do Brasil, além de obras relacionadas às áreas de Museologia, Arquivologia e Fotografia. Reúne aproximadamente 6.500 exemplares. Sede da antiga Fazenda do Leitão, o Casarão foi construído por Cândido Lúcio da Silveira, em 1883, seguindo modelo típico das edificações rurais de Minas e do Brasil, do período colonial. Localizado nas proximidades do Córrego do Leitão, no antigo Arraial do Curral Del Rei, o casarão foi desapropriado pela Comissão Construtora da Nova Capital em 1894, no início do processo de construção de Belo Horizonte. A partir dessa data, recebeu novos e consecutivos usos: sede da Colônia Agrícola Afonso Pena, fábrica de artefatos de fibras de piteira, enfermaria do Posto Zootécnico Federal e, finalmente, Museu Histórico de Belo Horizonte, atual MHAB, no início da década de 1940. Para servir como sede de um museu, a casa foi restaurada e adaptada em 1943, segundo projeto elaborado pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN). Tombada pelo SPHAN em 1951, sofreu outras restaurações, ao longo dos anos de 1964, 1972, 1984, 1997 e 2001/2002. No final de 1998, o casarão histórico da Fazenda do Leitão recebeu uma edificação destinada a abrigar sua nova sede, voltada para a avenida Prudente de Morais. Projetado pelos arquitetos Álvaro Hardy e Marisa Machado Coelho e inaugurado em dezembro de 1998, o edifício-sede conjuga aço e vidro numa linguagem ousada e, ao mesmo tempo, sóbria e imponente. Sua construção, viabilizada com recursos captados pela Associação dos Amigos do MHAB (AAMHAB), representa um marco arquitetônico na cidade, por ser o primeiro local originalmente concebido e edificado para abrigar um museu em Belo Horizonte, dispondo de espaços planejados para possibilitar condições ideais ao desempenho de suas funções. A Casa Kubitschek, situada na orla da Lagoa da Pampulha, também integra o acervo do Museu. Com projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer e paisagístico de Roberto Burle Marx, a edificação foi construída em 1943 para ser a casa de campo do então prefeito Juscelino Kubitschek. Considerada uma das referências da arquitetura modernista na cidade, foi objeto de proteção municipal em 2003, incluindo o mobiliário, e de tombamento federal em 1994, tendo sido desapropriada pela Prefeitura de Belo Horizonte em 2005. Atualmente, a casa integra o patrimônio da Fundação Municipal de Cultura, tornando-se uma unidade cultural da cidade a ser administrada pelo MHAB. A edificação é o objeto de acervo que expressa uma manifestação primordial da arquitetura residencial, dos modos de morar e do ambiente cultural das décadas de 1940 e 1950, apresentando também mostras sobre a história da cidade, com ênfase na expansão urbana a partir da criação da Pampulha. O museu ainda possui um anexo, sede moderna dotado de área externa, composta por jardins e palco ao ar livre que, harmoniosamente, se integram ao casarão, edificação remanescente do arraial do Curral Del Rei.

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  • Localização

    Urbana

    Avenida Prudente de Morais, 202 - Cidade Jardim

    CEP 30.380-002 - Belo Horizonte - MG

  • Pontos de Referência

    Esquina com Rua Josafá Belo. Bem próximo a sede do TRE.

  • Horário de Funcionamento

  • Observação sobre funcionamento

    Para visitar o museu, é necessário fazer o agendamento pelo site da prefeitura de Belo Horizonte. https://prefeitura.pbh.gov.br/fundacao-municipal-de-cultura/museus/reabertura-gradativa

  • Tipo de Visita

    Não guiada;Auto-guiada;

  • Entrada

    Franca

  • Atividades Realizadas

    Contemplação externa dos jardins e visita interna do acervo.

  • Acessibilidade

3.30
(150)

Belo Horizonte

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