Portal Minas Gerais - Eventos: SETENÁRIO DAS DORES E SEMANA SANTA



SOBRE O EVENTO

Setenário das Dores e Semana Santa - Pará de Minas

O Ofício do Setenário das Dores medita as dores de Nossa Senhora ao longo de 7 dias com orações e cânticos próprios. São peças musicais do Setenário das Dores, O Invitatorio "Dolores Gloriosi recolentes virginis", os Motetos das Dores, Cui comparabote, Facta est, Dolorosa, O vos omnes e Stabat Mater, além da Ladainha de Nossa Senhora das Dores. O repertório é executado pelo Coral Bittencourt de Pará de Minas e o Coral Nossa Senhora da Piedade, bem imaterial do Município. A Semana Santa conta com diversas celebrações que perpassam os acontecimentos da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. O Domingo de Ramos conta com a tradicional benção dos ramos, procissão e missa acompanhados pela Banda de Música Lira Santa Cecília, bem imaterial do Município. A segunda feira santa tradicionalmente é marcada pela procissão do depósito da imagem histórica de Nossa Senhora das Dores, em direção à Capela do Hospital Nossa Senhora da Conceição, patrimônio histórico, na qual são executado os Motetos das Dores de Antônio de Pádua Falcão, com coro e grupo de sopros de câmara. Na Terça Feira Santa tradicionalmente se realiza a Procissão do Encontro, na qual as históricas imagens de roca, do Senhor dos Passos e da Senhora das Dores, partem a primeira de sua Capela e a segunda do Hospital, em direção à Praça da Independência, na qual procede-se o sermão do Encontro e a execução dos Motetos dos Passos de compositor anônimo (séc. XVIII), seguindo para o Santuário de Nossa Senhora da Piedade (Bem Tombado do Município). Na Quarta Feira Santa acontece a Visitação dos Passos, na qual é conduzida a imagem histórica do Senhor dos Passos e a relíquia do Santo Lenho (fragmento da Cruz Verdadeira de Cristo). No trajeto são executados os Motetos dos Passos de compositor anônimo, pelo Coral Bittencourt de Pará de Minas e grupo instrumental, em pequenas paradas com altares à frente das casas que remetem aos passos da Paixão de Morte de Jesus Cristo. A Quinta Feira é marcada pela Missa Vespertina da Ceia do Senhor com o Rito do Lava-Pés, momento em que é revivido o gesto de Jesus lavando os pés dos discípulos. A Sexta Feira da Paixão é composta do rito da Via Sacra Externa, logo cedo, às 6h da manhã, seguido da Ação Litúrgica das 15h, com a proclamação da Paixão de Cristo segundo São João Evangelista e a Adoração da Cruz. A celebração é marcada por cânticos próprios, dentre eles um trecho do Oratório da Paixão de Cristo Segundo São Mateus de Johann Sebastian Bach, do Stabat Mater de melodia gregoriana e do Popule Meus de Tomas Luiz de Victoria (séc. XVI). À noite, acontece o tradicional Sermão do Descendimento, com a histórica imagem do Senhor Morto (séc. XIX) de Padre Antônio Felix da Costa, na qual são executados os Motetos da Procissão do Enterro do compositor Tiradetino Manual Dias de Oliveira (séc. VIII), além do célebre O vos omnes (canto da Verônica) do referido compositor. No Sábado Santo é celebrada a Vigília Pascal, com a benção do fogo novo, do Círio Pascal, o canto gregoriano do Exultet (Proclamação da Páscoa), além de outras peças musicais que remetem à Ressurreição de Cristo. No Domingo de Páscoa acontece a procissão da Ressurreição com cânticos festivos e Benção do Santíssimo Sacramento, seguido da Coroação de Nossa Senhora do Triunfo, na qual a histórica imagem de Nossa Senhora das Dores é vestida de branco, retirando-lhe o gládio de Dor (espada do peito) e substituindo o diadema de 7 estrelas pelo diadema de 12 estrelas. Todas as celebrações deste período remetem, em partes, ao Rito Romano e às tradições de origem portuguesa mais preservadas nas Minas Gerais, em razão da colonização desde o final do século XVII.

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