Turismo em Minas Gerais | 7 de Setembro em Minas: histórias que mudaram o Brasil

30
Foto por: Mariana Borges
Atualizado em: 06/09/2025

 

7 de Setembro em Minas: histórias que mudaram o Brasil

Você acha que já conhece a história do 7 de Setembro? Minas tem nomes e cidades que empurraram o Brasil para a independência! Bora descobrir juntos.

 

O dia 7 de setembro de 1822 ficou marcado pelo Grito do Ipiranga, aquela cena que todo mundo conhece. Mas a história vai muito além do momento às margens do rio. Cartas, viagens, decisões estratégicas e apoio logístico movimentaram o país inteiro antes do grande grito.

E Minas Gerais? Aqui, vilas, igrejas e fazendas não eram apenas cenário, eram palco de decisões que mudaram o rumo do Brasil. Dela saíram ideias que influenciaram estratégias políticas, mantimentos que abasteceram tropas e pessoas que, com conselhos e articulações, orientaram diretamente o príncipe regente. Cada encontro, cada carta, cada recurso enviado mostrava que a independência também se fazia nos bastidores, com planejamento, coragem e colaboração. Vamos descobrir quem foram esses protagonistas e como suas histórias ainda vivem nas memórias da região?

 

Padre Belchior Pinheiro de Oliveira

Diamantina; Pitangui

Padre Belchior nasceu em Diamantina e foi pároco em Pitangui por muitos anos. Amigo e confessor de Dom Pedro I, esteve presente na cena mais lembrada da nossa história: foi ele quem ouviu e registrou o famoso diálogo com o príncipe às margens do Ipiranga.

Em Pitangui, ainda existe o casarão onde viveu. É curioso pensar que dali saíram não só sermões, mas também conselhos que pesaram em decisões de tamanho impacto nacional.

 

Dona Joaquina Bernarda de Abreu Castelo Branco, a Dona Joaquina do Pompéu

Mariana; Pompéu; Ouro Preto

Nascida em Mariana, Dona Joaquina virou referência como fazendeira poderosa no Centro-Oeste mineiro. Doou gado, mantimentos e recursos para os patriotas e participou publicamente de eventos da época, como a recepção a D. Pedro em Ouro Preto no início de 1822.

Em Pompéu, suas terras e doações estão registradas em museus e na memória coletiva. A cidade a celebra com desfiles e medalhas. É aquele lembrete de que independência não se faz só de discursos: sem comida, cavalos e dinheiro, não havia como avançar.

 

José Teixeira da Fonseca Vasconcelos, o Visconde de Caeté

Esmeraldas / Santa Quitéria; Taquaraçu de Minas

Nascido na região de Santa Quitéria, José Teixeira foi vice-presidente da Junta Governativa de Minas. Diante de conflitos políticos, foi ao encontro do príncipe e fez um discurso forte defendendo que Dom Pedro ficasse no Brasil.

Depois, tornou-se o primeiro presidente da Província de Minas. Está sepultado em Taquaraçu de Minas, onde sua memória segue preservada. É interessante ver como alguém de uma vila relativamente pequena conseguiu ecoar sua voz até a Corte.

 

José Joaquim da Rocha

Mariana

Capitão-mor de Mariana, José Joaquim participou das redes políticas locais que pressionaram em favor da permanência do príncipe e da independência. Liderou clubes e articulações regionais que deram força para que o movimento não ficasse só no eixo Rio–São Paulo.

 

Cidades mineiras que viveram a Independência de perto

Cada cidade tem sua parte nessa história, algumas com papel logístico, outras como palco de encontros políticos e até de recepção ao príncipe!

  • Ouro Preto (Vila Rica) - cenário de debates entre as elites regionais e de recepção a D. Pedro em abril de 1822. Imagine a praça lotada, autoridades locais discursando e o príncipe recebendo apoio popular.

  • Juiz de Foracidade estratégica na época, porque ajudava a ligar Minas ao Rio de Janeiro, servindo de rota para as viagens políticas e transporte de mantimentos. O antigo distrito de Chapéu d’Uvas, hoje incorporado à cidade, era uma parada importante para descanso e encontros entre lideranças locais.

  • Barbacena acolheu a comitiva de D. Pedro e suas lideranças, reforçando o apoio político mineiro.

  • São João del-Rei - também recebeu o príncipe, com registros de manifestações calorosas. É fácil imaginar o som dos sinos e a movimentação nas ruas coloniais celebrando aquele momento.
     

Essas cidades mostram que a Independência passou, literalmente, pelas estradas e vilas de Minas.

 

Como vivenciar essa história hoje?

Muitas dessas memórias ainda estão vivas e podem ser visitadas:

Ouro Preto
Museu da Inconfidência e Praça Tiradentes, onde a história da Inconfidência se conecta à da Independência.

Pitangui
O casarão do Padre Belchior e o acervo do Instituto Histórico guardam registros do diálogo mais famoso da nossa história.

Pompéu
Centro Cultural Joaquina do Pompéu, desfiles cívicos e medalhas comemorativas contam a trajetória da fazendeira que virou personagem da independência.

Taquaraçu de Minas
A igreja que abriga o sepultamento do Visconde de Caeté é hoje símbolo da memória local.

Caeté
Praças e festas cívicas recordam as articulações regionais que ecoaram até o príncipe.

 

Minas não ficou de fora da Independência. Foi conselheira, provedor de recursos, palco de discursos e estrada por onde D. Pedro passou. Quando a gente visita essas cidades e conhece seus personagens, entende que a história do Brasil é feita de muitos lugares e muitas vozes.

Sobre o Autor

Ana Carolina Luiz

Mineira apaixonada por viajar, trilhas, arte, cultura e cachoeiras. Nunca vou recusar pão de queijo e café.

Comentários

O que eu procuro em Minas?