Conectando Natureza, Cultura e Espiritualidade
Descrição
Prepare-se para viver uma jornada de sentidos e encantamento no coração da Cordilheira do Espinhaço, seja como caminhante, peregrino ou ciclista. Percorrer o Caminho Saint-Hilaire é embarcar em uma experiência transformadora pelo Brasil profundo, onde natureza, cultura e espiritualidade se conectam.
O trajeto oferece imersão ecológica de base comunitária, com hospedagem acolhedora em comunidades tradicionais setecentistas, experiências com saberes ancestrais e a culinária mineira autêntica.
Mais que uma trilha, o CaSHi é também uma rota de peregrinação com 14 estações de fé, entre santuários, igrejas e capelas históricas, permeadas por terapias integrativas e aromas de plantas medicinais.
Experiência Multissensorial
Um percurso por paisagens deslumbrantes, na Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, emoldurado por montanhas, cachoeiras cristalinas e vilarejos coloniais.
Caminhantes, peregrinos e ciclistas vivenciam ao longo da imponente Cordilheira do Espinhaço Meridional — um corredor vivo onde a natureza, cultura popular, espiritualidade e gastronomia, se entrelaçam em harmonia, despertando os sentidos e a essência de cada viajante.
Inspirado nos Diários de Campo do naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire, o caminho resgata rotas históricas percorridas por ele no século XIX.
Descubra o Caminho Saint-Hilaire, onde cada passo é uma reconexão interior, revelando a beleza cênica do Espinhaço Meridional e memórias vivas, da única Cordilheira do Brasil
Conexões e Sabores
O CaSHi conecta os Circuitos Turísticos da Serra do Cipó e dos Diamantes, cruzando as bacias dos rios Doce e Jequitinhonha. Seu trajeto percorre o Cerrado e a Mata Atlântica, interligando quatro unidades de conservação ao longo de seu percurso, na Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço.
As cidades históricas: Conceição do Mato Dentro, conhecida como a “Terra do Ecoturismo”; Serro, o “Berço da Gastronomia Mineira” e terra natal da icônica chef Dona Lucinha (Maria Lúcia Clementino Nunes); e Diamantina, consagrada como a “Cidade Musical do Brasil” - Patrimônio Mundial
Passa por dois terroirs do queijo artesanal mineiro — Diamantina e Serro, no trajeto, também é possível saborear vinhos finos do Alto Jequitinhonha cafés e cervejas artesanais.
Ao longo do percurso, o visitante descobre 15 comunidades tradicionais do século XVIII, repletas de charme, autenticidade e hospitalidade. Entre elas, destacam-se a encantadora o distrito de Itapanhoacanga, em Alvorada de Minas; as badaladas Milho Verde e São Gonçalo do Rio das Pedras, no Serro; e as singelas Córregos e Tapera, em Conceição do Mato Dentro, esta última famosa por suas belas cachoeiras. Completam o trajeto as tradicionais Curralinho e Vau, em Diamantina.
Em todas essas localidades, é possível contemplar casarios preservados, igrejas barrocas, manifestações culturais vivas e a calorosa acolhida de seus moradores. O viajante também pode aprofundar sua experiência no território ao herborizar como fazia Saint-Hilaire, explorando os arredores de cada comunidade por meio de roteiros circulares e descobrindo os atrativos singulares de cada povoado.
Caminho Saint-Hilaire: uma travessia única, que une fé, cultura, sabor, história e natureza no coração da Cordilheira do Espinhaço
Fé e Espiritualidade
O caminho convida a vivências transcendentes, guiando o viajante rumo à espiritualidade por meio de 14 estações de renovação da fé, como:
- Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, surgiu da devoção a uma imagem de Cristo Crucificado encontrada por um escravo, Antônio Angola, no século XVIII. Após a imagem retornar milagrosamente ao local de sua descoberta, um morador local prometeu e construiu um abrigo, o que deu origem à devoção e à construção da igreja original
- Igreja de Nossa Senhora Aparecida de Córregos onde, segundo a tradição oral, surgiu uma imagem da santa em 1722 — apenas cinco anos após a famosa aparição da padroeira do Brasil, mas com características únicas.
- Igreja de Nossa Senhora do Rosário, do distrito São Gonçalo do Rio das Pedras onde repousa o túmulo do Cônego Geraldo Anadir Brandão, reverenciado por muitos como um santo popular.
- Santuário de Nossa Senhora das Dores - situado em uma vila fantasma na estonteante Serra do Caroula, no distrito de Mato Grosso — que ganha vida apenas durante o jubileu anual.
- Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres - distrito de Milho Verde, onde foi batizada a lendária Chica da Silva.
- Casa da Serva de Deus Irmã Benigna, atualmente em processo de canonização no Vaticano.
Como expressão viva da espiritualidade brasileira, o caminho também revela a sabedoria dos povos tradicionais, com seus saberes holísticos e práticas ancestrais — de benzedeiras e raizeiros a ervanarias, espagirias e terapias integrativas. Essas tradições formam uma ciência espiritual viva, envolvida pelos aromas das plantas que curam e preservam a alma do Caminho Saint-Hilaire.
Além disso, comunidades alternativas que vivem em harmonia com a natureza e com a espiritualidade, mantendo uma profunda reconexão com o território que habitam. Alguns acreditam que a região abriga um dos Chakras Espirituais do planeta, o que reforça a energia única e transformadora do lugar.
Descubra o Caminho Saint-Hilaire: uma rota de fé, cultura e natureza, onde cada passo é um reencontro consigo e o sagrado no coração da Cordilheira do Espinhaço
Histórico
Criado em 2014, o Caminho Saint-Hilaire nasceu para conectar comunidades da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço Meridional.
Seu nome homenageia o naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire (1779–1853), que documentou o Brasil colônia e descreveu a flora nativa com riqueza científica e afetiva.
A rota atual percorre parte de seu itinerário histórico, passando por Conceição do Mato Dentro, Alvorada de Minas, Serro e Diamantina.
Curiosidades
- Vegetação predominante: campos rupestres (menos de 1% do território nacional), incluindo o simbólico Pau Santo e o Rosmaninho (plantas identificadas por Saint Hilaire) usado no tradicional Chá do Pedestre, bebida adotada pelo naturalista por suas propriedades anti-inflamatórias e relaxantes.
- Reconhecimentos internacionais: UNESCO (Patrimônio Mundial, Cultural Imaterial e Reserva da Biosfera) e FAO/ONU (Patrimônio Agrícola Mundial).
- Patrimônio musical: destacam-se dois preciosos órgãos musicais, únicos, construídos no território no século XVIII: o órgão da Igreja de Nossa Senhora Aparecida, em Córregos, e o órgão da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Diamantina, sendo esse, único órgão em atividade da época fabricado no Brasil.
- Gastronomia: região do Serro, onde se encontra a maior e mais antiga bacia leiteira das Américas, que processa ininterruptamente o leite cru para a produção de queijos.
Como Chegar
- Belo Horizonte: 164 km
Aeroporto Internacional de Confins: 135 km
Acesso pela Estrada Cênica da Cordilheira do Espinhaço, (MG10) via Serra do Cipó, até a cidade de Conceição do Mato Dentro, marco zero do CaSHi.
Unidades de Conservação
- Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço
- Monumento Natural da Várzea do Lageado e Serra do Raio
- APA das Águas Vertentes
- RPPN Terra da Unidade
- RPPN Terra do Sol
Ficha Técnica
- Tipo: Trilha Regional
- Distância: 182 km (caminhantes/peregrinos) | 200 km (cicloturismo)
- Duração: 10–12 dias (caminhantes/peregrinos) | 7–9 dias (ciclistas)
- Altitude máxima: 1.260 m
- Biomas: Mata Atlântica e Cerrado (campos rupestres)
- Altimetria Positiva: Trilha Cicloturismo e Equestre – 1277m - Trilha Caminhante e Peregrino -1276m
- Altimetria Negativa: Trilha Cicloturismo e Equestre - 630m - Trilha Caminhante e Peregrino - 629m
Informações Gerais
- Nível de dificuldade: Moderado, com trilhas e estradas de chão batido.
- Formato autoguiado: ainda indisponível; é indispensável contratar guias locais.
- Início: praça Dom Joaquim - Conceição do Mato Dentro (MG)
- Final: Casa do Intendente Câmara - Diamantina (MG)
- Percurso inverso para peregrinos: da Casa da Serva de Deus Irmã Benigna e Santuário do Divino Pai Eterno, em Diamantina, ao Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Conceição do Mato Dentro.
- Rede social: @caminho.saint.hilaire – @institutoashi
- Sitio eletrônico: https://www.redetrilhas.org.br/w3/index.php/as-trilhas/as-trilhas-da-rede/trilha-regional/caminho-saint-hilarie
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