Portal Minas Gerais - Eventos: CARREATA DE CARRO DE BOIS



SOBRE O EVENTO

Festa e carreata dos carreiros de carros de boi.

CARREATAS DE CARROS DE BOI! O produtores rurais participam reunindo com seus carros de boi em carreata passando pela região de Guimarânia. Durante a tarde há apresentações de canto e danças típicas da região, e a noite o público se diverte com shows artísticos. A festa tem crescido muito, e a cada ano recebe um maior número de carros de bois vindos de diversas cidades da região. É comum nestes dias encontrar vários carros de bois pelas rodovias em direção a Vila. Há tradições do uso do carro de boi na zona rural, e a festa tem incentivado a fabricação de carros mesmo para aqueles que não fazem uso dele. No cortejo, além da beleza dos carros, o canto provocado pelo atrito das rodas de madeira é outro atrativo.Com entusiasmo e alegria dos Srs° Alcimino Costa e João Santana relataram suas experiências e vivências com carros de bois, e o Sr° João Ferreira Silva enalteceu a importância das ferragens para o bom funcionamento dos mesmos. Durante muitas décadas o carro de boi, a carroça de tração animal e o cavalo de sela, eram os únicos meios de transportes. Eram usados para transportar pessoas, colheitas, mudanças e os defuntos para cemitério de Santana de Patos - o mais próximo - quando aqui ainda não havia cemitério. Esses carros eram fabricados por carpinteiros do povoado e região, sob encomenda. O cliente podia escolher o tamanho padrão - 40 balaios ou jacás - ou o tamanho que lhe conviesse. Podia também escolher o tom da "cantiga" desejada, ou seja, o som emitido pelo carro em movimento que se ouve à distância de até 2 km. Se preferisse um som mais grave ou mais agudo, o carpinteiro escolhia as madeiras adequadas para o eixo, para o cocão (cada um dos quatro paus verticais, fixos nas chegas do carros de bois, entre os quais gira o eixo), e chumaço ( peça de madeira em que se movimenta o eixo do carro boi, produzindo chiado característico.) - peças responsáveis pela produção do rangido, cantiga ou gemido do carro. Quando, durante o percurso o carro dá uma bancada, ou quando para e arranca de novo, muda o tom da cantiga. Confeccionaram também: A canga, peça que é colocada sobre o pescoço dos bois, unindo-os em par. Canzil, cada um dos dois paus que atravessa a canga, prendendo entre eles o pescoço dos dois. As esteiras, para fechar o carro, feitas de bambu ou taquara. O caniço, armação de canas usada para fechar a traseira do carro de bois e amparar a carga. O azeiteiro, feito de chifre, para carregar o azeite lubrificado eixo. O cambão, peça de madeira comprida com que se prende por correias os bois ao carro, ou outro aparelho ou veículo de tração animal, feita de madeira "catiguá". Vara de ferrão, para o candeeiro (indivíduo que segue à frente dos bois para guiar os animais), feita de madeira ( Ipe ou Perobinha) e para fazer com que os bois acelerem os passos, ao serem cutucados pelos carreiros, com varas pontiagudas. Cada boi conhece seu nome próprio e atende ao ser chamado por ele. Cada dupla de bois chama-se "junta". A junta da dianteira de bois chama-se " bois guia". Após os bois de guia, seguem os "sobre- guia ou pé de guia". Depois deles as juntas do meio, depois desses a junta de chaveia (penúltima junta). A última junta, presa ao cabeçalho do carro, é formado por "bois de coice". Entre os bois de coice e os sobre- guias, varia o número de juntas dependendo do peso da carga e do percurso, e recebem o nome de juntas do meio. Fonte - livro " História de GUIMARÂNIA" O QUE POVO CONTA E OS DOCUMENTOS REGISTRAM por Anatildes Francisca Nunes e colaboradores. Em foto Sr.° João dos Reis (em memória), que sempre esteve à frente das Festas Carro de Boi e Cavalgadas da Festa Rosário.

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