Portal Minas Gerais - Eventos: TERNO DAS PASTORINHAS



SOBRE O EVENTO

O Reis das Pastora tem com objetivo de não deixar morrer a cultura da nossa região como: reizados, danças folclóricas, levantada de mastros em ocasiões festivas entre outras.

O Reis das pastoras, paixão notável de Dona Lurdinha, fundado em 1958, no Riacho da Cruz, distrito de Januária, extremo norte de Minas Gerais, onde ela participava com seus pais. A origem deu-se através de uma homenagem referida ao nascimento do menino Jesus numa forma encontrada pelos religiosos da época, de agradecer e levar a boa nova a todos, do nascimento do salvador por meio da música. Com muito entusiasmo e cantos alegres, se encaixava o grupo dos Reis das Pastorinhas, que se expandiu pelas famílias, no intuito de levar a boa nova a todos por meio dos cantos ritmados e dançantes. Aos 16 anos, Dona Lurdinha assumiu a responsabilidade passada a ela por sua mãe, um anseio dela já desde pequena em poder levar em frente esta missão de evangelizar por meio da música. Iniciou este desafio de organizar o Reis das Pastoras em 1958, surgindo assim à primeira apresentação dos Reis das pastoras, convidando suas amigas da época para participar deste maravilhoso grupo. No início tudo foi mais difícil, não tinham recurso para começar, mas com muito entusiasmo e boa vontade, improvisavam com as vestes de suas mães e convidavam tocadores conhecidos para participarem. Hoje já se passaram 57 anos que este Reizado os acompanham, com passagem de muitos entes queridos que hoje já descansam em paz. Quando se mudou para Itacarambi-MG, na década de 80, teve que articular um novo grupo, este composto por 25 integrantes, dentre eles 18 pastoras, 1 rainha e 6 tocadores. Com o novo grupo, conseguiram através de um projeto contemplado pelo governo federal, as tão sonhadas vestes e instrumentos, para dar mais vida e organização nas apresentações. As intervenções são sempre após o nascimento do menino Jesus, no dia 25 de dezembro, até o dia 20 de janeiro. Saem nas casas com cantos e danças alegres, levando a boa nova a todas as pessoas, falando do nascimento do menino salvador do mundo. A coordenação deste grupo continuava com a amável Dona Lurdinha, como é conhecida por todos. Seu nome de batismo é Maria de Lourdes Oliveira, casada, com 78 anos e residente em Itacarambi. Apesar de sua idade e seus problemas de saúde, em suas veias continuava o mesmo entusiasmo de quando iniciou este Reis, seus olhos brilhavam ao falar dele. Ela esperava que essa tradição fosse passada de geração em geração em sua família, assim como sua mãe passou, ela também incentivou os seus filhos a participar, hoje alguns de seus filhos são integrantes, seguem o Reis desde pequenos. Mas ela diz que o mais importante era dar continuidade a este trabalho, é não deixar acabar esta tradição, seja ela em sua família ou em outras gerações. Para oficializar o Reis das Pastoras, ela convidou o esposo Filadélfio para fundarem uma Associação da Terceira Idade, no intuito também de fomentar a vida dos idosos da cidade, animando-os. Com o tempo, sob cadastros e reuniões, e sem um local adequado para se reunirem, sendo até expulsos de locais públicos, se organizavam em diversos outros espaços públicos, como praças, frente de Hospital, debaixo de árvores da cidade. Diante de muita dificuldade, foi de encontro ao prefeito da época: José de Paula, para solucionar este contratempo, onde ele de imediato conseguira parte do espaço de seresta, no clube recreativo da cidade, construindo ali, uma pista de dança para os idosos. Após muitos anos usando este espaço, a Associação sentiu a necessidade de obter um espaço mais apropriado para as ações e foi numa reunião na casa de Henrique, na época, engenheiro de obra da prefeitura de Itacarambi, em que se encontrava o deputado Doutor Vianna, responsável pelos recursos do estado para associações, pelos quais, estavam presentes diversas entidades e representantes de prefeituras da região. Após a reunião, o Sr. Filadélfio pediu ao deputado um apoio no tocante à construção de um espaço para a Associação e legalização da entidade. Ele pediu um tempo para oficialização e depois de 14 dias foi legalizada a associação, a partir do apoio de Henrique. Conseguiram um dinheiro através do deputado, para a construção da tão sonhada sede da associação. Posteriormente, construíram um lindo espaço para as reuniões, onde havia a necessidade de dar o acabamento no sede, prestarando conta na devida instituição do estado, em Belo Horizonte. Não obstante, fizeram eventos pelas ruas e festas no clube recreativo para arrecadar dinheiro para pintura da sede e uma divida ativa da associação que precisava ser quitada. Com muito esforço coletivo, superaram a situação delicada pelo qual se encontravam.

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