Portal Minas Gerais - Eventos: ENCENAÇÃO DA PAIXÃO DE CRISTO NAS ESCADARIAS DA IGREJA DA MATRIZ



SOBRE O EVENTO

A celebração teatral da Paixão de Cristo ocorre tradicionalmente às sextas da Paixão, atualmente no período noturno – segundo relatos, acontecia à tarde. Ainda no período colonial brasileiro, a encenação de autos é bastante comum na igreja católica, principalmente envolvendo camadas mais populares, como forma de representação de cenas importantes para a religião. Na sexta-feira Santa, ou da Paixão, único dia em que não se celebra a missa litúrgica, é comum entre os fiéis representar a Paixão do Cristo como rito. Em Piumhi, deve-se atentar para o crescimento da cidade e a criação de novas paróquias, que acabou dividindo as comunidades e criando formas diferentes dessa representação. A representação teatral da Paixão é seguida de procissão com o Senhor Morto e a Senhora das Dores.

É na escadaria da igreja matriz de Nossa Senhora do Livramento que a celebração está mais próxima das realizadas ao longo dos anos, contando com as antigas imagens e paramentos do acervo municipal. Nesse caso, a peça inicia representando pequenas partes da vida do Cristo de forma rápida, começando com a tentação no deserto seguida pelo encontro com os discípulos em Jetsemani para então encenar a sua Paixão – apresentação à Pilates e Caifás; açoitamento; Via Crucis; crucificação; Descendimento da cruz. A peça é representada por jovens da paróquia vestidos à caráter, conta com cenário, iluminação e sonoplastia para personagens principais. Após o Descendimento da cruz, o ator que representa o cristo entra para a igreja e saem para a rua as imagens da Senhora das Dores e do Senhor Morto, seguido pelo séquito de atores que participaram da peça e pelo povo em procissão pelas ruas da cidade. Na Paróquia de Santo Antônio, a qual atualmente realiza sua celebração no Parque de Exposições, o roteiro segue semelhante mas apresenta ainda outros passos anteriores da vida do Cristo: batismo de João, entrada em Jerusalém, alguns milagres – cura do cego, ressurreição e pregação no templo, última ceia, traição, para então seguir o roteiro que é apresentado na matriz de Nossa Senhora do Livramento. A peça é representada por jovens da paróquia vestidos à caráter, conta com cenário, iluminação e as sonoplastia é feita por uma narrativa continuada, sendo a encenação dublada. Nesse caso, a peça é finalizada no palco e após o término é realizada a procissão do Senhor Morto, contando com a guarda dos personagens. Ambas peças são realizadas durante a noite, com início por volta das dezenove horas e, encenadas pela juventude da cidade, contando com o apoio da produção dos fiéis em geral.

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