Portal Minas Gerais - Eventos: CARNAVAL EM SENADOR FIRMINO 2023



SOBRE O EVENTO

O nosso Carnaval é um dos maiores e mais tradicionais da região, com diversos blocos de rua.

Até o início da década de 1920 o Carnaval em Conceição do Turvo (antigo nome da cidade) tinha o nome de ENTRUDO, brincadeira um tanto violenta, pois, de par com as delicadas laranjas de cheiro que os foliões se atiravam mutuamente, havia o péssimo costume de atirarem latas e baldes de água nos foliões que passavam, das janelas de algumas residências. Em 1924, um grupo de rapazes e senhoras resolveram organizar o Carnaval propriamente dito. Foi confeccionado um carro alegórico, montado em um carro-de-boi, que desfilou por algumas ruas da cidade indo até a residência do seu Chiquinho Lacerda, na Rua São Miguel. Na década de 1940, o Sr. Juvenal Dias Ferreira realizava no salão de seu Bar, embaixo de sua residência (onde funcionava o Hotel Senador), um baile de carnaval com marchinhas, que era patrocinado pelo Prefeito Professor Cícero Torres Galindo. Na década de 1960, o Sr. Ângelo Casarin, juntamente com um animado grupo de firminenses fundou o Ródanes Social Clube, que passou a realizar o bailes no antigo prédio do Cine Glória. O Ródanes por longos anos contagiou toda a nossa região com um grandioso carnaval. Ainda na década de 60, surgiu a Bandinha da Saudade, formada por ilustres personalidades firminenses que desfilavam pelas ruas da cidade tocando as tradicionais marchinhas de carnaval. A bandinha esteve presente na folia de Senador Firmino até os anos iniciais da década de 1970. Em 1974, um grupo de rapazes formou o Bloco Ciganeiros. No ano seguinte Dona Leonor Benedito começou a organizar o bloco, que por sugestão do Dr. Mário Firmo passou a se chamar Escola de Samba Saca-Rolha, que fazia um grandioso desfile de carros alegóricos e alas fantasiadas pelas ruas da cidade, cada ano com um tema diferente. Em 1978, para concorrer com o Saca-Rolha, um grupo de rapazes fundou o Grêmio Recreativo Bambas do Samba, que também desfilava com carros alegóricos e alas. Durante as década de 70 e 80 os dois blocos fizeram desfiles belíssimos, que atraia a atenção de toda a região, mas por problemas financeiros acabaram parando de desfilar. Em fins da década de 1970, como forma de criar um espaço alternativo para os bailes de Carnaval, os senhores Francisco Miguel Nogueira (Chico Bode), Antônio Gomes Nogueira (Pite) e Hélio Teixeira Ribeiro (Tito Teixeira), resolveram comemorar o carnaval em uma garagem à Rua Santa Terezinha, toda cercada de bambu e com um toca-discos daqueles bem velhos. Por causa da grande participação, no ano seguinte os organizadores resolveram comprar um lote à Rua Antônio Braz, onde iriam construir o Senador Tênis Clube. Porém obra num foi terminada, tem sido parada a construção quando duas paredes e a cobertura já tinham sido feitas. Mesmo, assim, seu piso foi colocado e ali o povo gosava as alegrias do carnaval. Naquela época no Ródanes Social Clube a folia tinha uma pausa para que os foliões pudessem se sentar e descansar; como no Senador Tênis Clube não tinha lugar para se colocarem cadeiras, as pessoas tinham de descansar em pé, por isso passaram a chamar aquele lugar de Clube do Canela Roxa. Outro motivo desse nome deve-se ao fato de que os pobres e negros não podiam participar dos bailes no Ródanes, eram barrados na portaria. E como os negros eram chamados, de forma pejorativa, de "Canelas Roxa" o nome acabou pegando no novo espaço criado. Na década de 1980, depois da desunião dos sócios, o Prefeito Sr. Rafael de Barros Fiorillo compra o prédio e transforma num Galpão da Prefeitura, sem, contudo deixar de atender aos festejos de momo. Nos dias de carnaval, as máquinas eram retiradas e a infra-estrutura era montada para receber os foliões. Porém, ninguém reclamava e o Canela Roxa estava sempre cheio. Em 1999, o Prefeito Dr. Carlos Antônio Lourenço resolve transferir o carnaval para a Praça Raimundo Carneiro. E em 2007, com o Prefeito Sr. William Fernandes Mussi, volta-se a realizar matinês no Canela Roxa, com a Banda União tocando marchinhas de carnaval. Essa Banda União é composta por alguns músicos da Corporação Musical Nossa Senhora da Conceição e convidados. Em 1991, temos surgimento do Bloco do Zé Neném, que sempre trazia em suas camisas sátiras as frases que o Zé Neném colocava em seu bar e a algum acontecimento da atualidade. Em 1997, o pároco da cidade, Padre Luiz Faustino dos Santos, no intuito de divulgar o Tema da Campanha da Fraternidade da CNBB durante o carnaval, resolve criar um bloco, com a participação dos Agentes de Pastoral da Paróquia. Esse bloco ficou conhecido pelo povo como Bloco da Igreja, mas na realidade em 1998 recebeu de seus componentes o nome de Bloco Alegria do Turvo. Em 2001, sem o apoio do novo pároco, Padre Oscar de Oliveira Germano, o bloco deixa de sair pelas ruas da cidade. O carnaval hoje acontece praticamente na Praça Raimundo Carneiro, onde uma multidão de pessoas se reúne para festejar. Todas as noites a Banda União toca as marchinhas de carnaval pelas ruas da cidade e logo em seguida acontece shows musicais. Vários blocos desfilam pelas ruas da cidade e pela Praça Raimundo Carneiro, podemos citar: Bloco do Zé Neném, Bloco Titanic, Bloco Exclusivas, Bloco Chapadin, Bloco As Minina, Bloco É Nóis na Rua, Bloco SenaFolia, Bloco Calientes, Bloco da Onça, Bloco Fundo do Mar e Bloco Power Guido. O carnaval foi Inventariado como Patrimônio Cultural do Município, pelo Conselho do Patrimônio Cultural, no ano de 2009.

Você Também Vai Gostar

O que eu procuro em Minas?